quinta-feira, 23 de abril de 2009

Bela-Arte em Berlim


Com o Desenho sempre presente na sua vida, e ainda a frequentar o curso de Realização Plástica do Espetáculo, no Conservatório Nacional, em Lisboa, Adriana Molder, iniciou esboços com materiais que viriam a ser as suas ferramentas de trabalho: o esquiço e tinta-da-china. Em 2005 foi-lhe atribuído o prémio revelação CELPA/Vieira da Silva. Actualmente reside em Berlim.

A artista Adriana Molder, formada em Realização Plástica do Espetáculo, pelo Conservatório Nacional, com o curso de Desenho na Ar.Co. e o Avançado de Artes plásticas, começou a expor colectivamente em exposições de bolseiros e finalistas da Ar.Co. (1998 e 2002) e posteriormente de forma individual no Museu Berardo em Sintra, a convite de Maria Nobre Franco (2002), na Galeria Presença no Porto (2003) e na Galeria Vera Cortês em Lisboa (2005). No final do ano de 2005 iniciou a colaboração com a Galeria Fruehsorge, Berlim.

Ali teve a oportunidade de trabalhar num ateliê, que é considerado o melhor da cidade, e de viver numa residência onde se encontram artistas das mais variadas nacionalidades, um local vulgarmente visitado por galeristas e directores de instituições. O trabalho que desenvolveu foi focado não só em influências do cinema impressionista alemão e nos contos fantásticos do escritor Ludwig Tieck e outras histórias alemãs do século XVIII, como também pelo ambiente que lhe era proporcionado pela residência, uma vez se tratar do antigo Hospital Bethanien Krankenhaus, facto que não passava desprecebido.

O ambiente mágico do ateliê na Bethanien resultou numa série de 17 desenhos de grande escala: Der Traumdeuter (“desvendador” de sonhos), que falam de uma personagem do século XIX, Leo Stern, que adoece e é levado para a Bethanien Krankenhaus, onde fica hospitalizado. As imagens que este sonha, em delírio febril, são transportadas no tempo e recebidas pela artista como a inspiração para os seus desenhos.

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